Em humanos e animais, a percepção de cores e luz acontece através da visão fotópica. A partir disto, criou-se os Lumens, que medem o fluxo luminoso de uma lâmpada.
No entanto, quando se trata de iluminação para horticulturas, não se fala em Lumens. Isso acontece porque este sistema baseia-se na percepção humana da luz, não das plantas. Foi pensando nisso que criou-se o termo PAR, que é a chave para mensurar a eficiência da luz no grow.PAR
PAR (Radiação Ativa Fotossintética) é uma medida muito importante, quando se trata de iluminação de plantas. Esse termo significa o comprimento de luz, dentro da faixa visível, que impulsionam a fotossíntese. Em outras palavras, PAR é o tipo de luz que pode ser aproveitada pelas plantas para fins fotossintéticos.
No entanto, em termos de equipamentos de iluminação de horticultura, é importante saber não somente quanto PAR o aparelho produz, mas também, quanto deste PAR é entregue às plantas. Isso porque muito da luz pode se perder no caminho até atingir o grow. Além disso, é interessante também o quanto de energia é gasto para entregar esta quantia de PAR.
Para medir a quantidade de PAR produzido por um equipamento, utiliza-se o termo PPF, que significa o fluxo de fótons fotossintéticos. Ou seja, é a quantidade total de PAR produzida por um sistema de iluminação a cada segundo. Este termo é medido em micromoles por segundo e não mede o quanto de luz realmente chega às plantas. Para isso, vamos conhecer um terceiro termo: PPFD.
PPFD
O PPFD representa a densidade do fluxo de fótons fotossintéticos. Ou seja, a quantidade de PAR que realmente atinge as plantas do seu cultivo. Em termo científico, é o número de fótons fotossinteticamente ativos que caem em uma dada superfície a cada segundo, por isso é medido em micromoles por metro quadrado por segundo. Para medir corretamente o PPFD, é necessário realizar várias medidas, em uma determinada distância, e depois calcular a média de todas elas. Apesar disso, algumas empresas informam apenas o PPFD no ponto central de uma área. Este valor pode confundir o consumidor, pois as luzes de horticultura são naturalmente mais brilhantes no centro e perdem força perto das bordas. Assim, você pode adquirir um produto pensando que ele é muito potente, quando, na verdade, ele é potente apenas no centro da área que atinge.
Concluindo, para ter certeza do valor indicado pelo fabricante, ele deve informar o número de medições utilizadas para calcular a média, a distância da medição da fonte de luz (vertical e horizontal) e a relação de valor mínimo/máximo.
Eficiência do fóton
Outro termo importante a ser avaliado antes de adquirir um novo sistema de iluminação é a eficiência do fóton. Isso significa a eficiência que um sistema de iluminação tem em converter energia elétrica em PAR.
É comum os fabricantes informarem os watts elétricos totais (w/m²), mas isso não diz muita coisa, já que watt é uma medida de entrada elétrica, não de saída de luz. Porém, se a potência de entrada é fornecida, junto com o PPF, a eficácia do fóton pode ser calculada. A unidade de medida de eficácia do fóton é micromoles por Joule, e quanto maior este número for, maior é a eficiência do sistema (menos energia gasta para produzir luz PAR). Quando uma empresa não fornece as unidades corretas discutidas acima, normalmente é porque ela não produz equipamentos específicos para horticultura. Isso não é um problema, desde que seja possível certificar a eficiência do equipamento nos parâmetros necessários de outra forma.
Sabemos que são muitos termos novos que podem causar confusão, porém necessários para entender a eficiência da luz no grow. Para facilitar, disponibilizamos a tabela abaixo com um resumo de cada termo e sua definição.
